Dia 11 de abril é o Dia Mundial da Doença de Parkinson (também chamada de Mal de Parkinson), data que faz referência ao nascimento de James Parkinson, médico inglês que descreveu a doença em 1817. O diagnóstico precoce somado a um tratamento adequado pode amenizar seus sintomas que, entre os principais, destacamos: tremor de repouso, rigidez muscular, lentidão dos movimentos e alteração no equilíbrio.
Estima-se que sofram com a doença, hoje, cerca de 10 milhões de pessoas em todo o mundo. Segundo projeções do Banco Mundial, em 20 anos, o número de doentes em países como Japão, Alemanha, Itália e Reino Unido será 50% maior. Em países de população mais jovem, como o Brasil, o número de vítimas deve dobrar: dos atuais 200 mil para 400 mil.
De acordo com as estatísticas, na grande maioria dos pacientes a doença de Parkinson surge a partir dos 55, 60 anos e sua prevalência aumenta a partir dos 70, 75 anos. A principal causa é a morte das células do cérebro, em especial, na área conhecida como substância negra, responsável pela produção de dopamina, um neurotransmissor que, entre outras funções, controla os movimentos.
No Rio de Janeiro, o ator Paulo José (76 anos) está vivendo na novela “Em Família” um doente de Parkinson – e o ator entende do assunto. Talvez nunca tenha vivido antes um personagem tão semelhante a si mesmo, já que Paulo José enfrenta o Parkinson há 20 anos. Desde que soube do diagnóstico, casou-se novamente (pela quarta vez) e nunca parou de trabalhar.
Com o aumento da expectativa de vida, o Parkinson se tornou mais comum, por isso surpreende que a medicina conheça tão pouco sobre a doença. A última droga que revolucionou o tratamento – a levodopa, que estimula o cérebro a produzir dopamina – completará 50 anos no ano que vem. Ainda é o principal remédio para o controle do Parkinson. Não apenas a ciência não consegue produzir drogas mais eficazes, mas os médicos continuam a se surpreender com as causas da doença.
Sintomas
A lentificação dos movimentos e os tremores nas extremidades das mãos – muitas vezes notados apenas pelos amigos e familiares – costumam ser os primeiros sinais da doença. A diminuição do tamanho das letras ao escrever é outra característica importante.
Outros sintomas podem estar associados ao início da doença: rigidez muscular, acinesia (redução da quantidade de movimentos), distúrbios da fala, dificuldade para engolir, depressão, dores, tontura e distúrbios do sono, respiratórios e urinários.
Recomendações e tratamento
O Dia Mundial da Doença de Parkinson é uma data propícia para a conscientização da sociedade sobre o assunto. Como essa doença é progressiva e degenerativa, o paciente deve procurar suporte médico caso perceba um ligeiro tremor nas mãos ou tenha notado que sua letra diminuiu de tamanho (micrografia).
Não há ainda tratamentos preventivos. Os estudos já constataram que fazer exercícios físicos e tomar duas xícaras de café por dia diminui o risco.
A falta de alternativas terapêuticas pode mudar em breve. Uma das grandes esperanças para tratar o Parkinson é a primeira vacina em testes com humanos. Com o nome técnico de PD01A, é a primeira tentativa de atuar na causa da doença. Desde junho de 2012, 32 doentes testam a medicação em Viena. Estudos recentes mostraram que o excesso de uma proteína conhecida como alfa-sinucleína está por trás de casos de Parkinson. O objetivo da vacina é incentivar o organismo a criar defesas contra essa proteína.
Diagnóstico
Um grande avanço para quem tem Parkinson é a possibilidade de identificar a doença em sua fase inicial. Isso é essencial, porque os sintomas costumam aparecer sete anos depois de a doença se instalar. Com o diagnóstico antecipado, é possível começar a tratar mais cedo e, assim, retardar e minimizar a manifestação dos sintomas, melhorando a vida dos pacientes.
O LIG Diagnósticos Especializados oferece pesquisa de mutações e sequenciamento para genes relacionados com mais frequência ao Parkinson, como: LRRK2, PINK1 e PARK2. É importante lembrar que esses exames são realizados apenas com solicitação médica, feita após consulta e análise de cada caso.
Fonte: Dr. Drauzio