Imagem Dia dos Namorados x Doença do Beijo LIG

Mononucleose: a Doença do Beijo!

12 de junho de 2014

Você já ouviu falar em mononucleose? Também conhecida como Doença do Beijo, ela costuma acometer principalmente os adolescentes – quando despertam para a vida sexual. Ela provoca febre, enfartamento dos gânglios do pescoço e das axilas, comprometimento do fígado e do baço, entre outros sintomas. O vírus responsável pela doença é o Epstein-Barr, da família Herpesviridae, transmitido pela saliva contaminada num contato íntimo entre as pessoas, por isso o nome “Doença do Beijo”.

O beijo facilita a transferência do vírus para a pessoa que ainda não foi infectada. Além disso, como a mononucleose tem pico de incidência entre os 15 e os 25 anos, o beijo está diretamente implicado na transmissão da doença – pelo menos nas populações socioeconômicas mais diferenciadas.

A porta de entrada é a mucosa da boca e a faringe da pessoa que não teve contato anterior com o vírus, mas as células do tecido linfoide são o alvo da infecção pelo Epstein-Barr. Admite-se também que ele possa infectar as células epiteliais da faringe e que essa infecção explique o fato de que esse vírus esteja ligado ao aparecimento do carcinoma da nasofaringe.

Essa doença, excepcionalmente, pode ser transmitida por transfusão de sangue, e mais excepcionalmente ainda, por via transplacentária, se a gestante adquirir o vírus durante a gravidez.

Sintomas

A febre é o sintoma obrigatório da doença. O comprometimento de toda a garganta e da faringe é intenso, com formação de placas brancas e exsudato (líquido com alto teor de proteínas e leucócitos) que lembram as lesões da candidíase (sapinho) e da difteria, doença comum no passado, mas pouco frequente hoje em dia. Os gânglios linfáticos ficam inchados, particularmente os do pescoço, e a infecção também pode provocar alterações no fígado e no baço.

Outro fator característico da mononucleose é o enorme aumento do número de linfócitos no sangue e, o que é muito sugestivo, a aparência anormal que uma parcela deles adquire. São os chamados linfócitos atípicos que, detectados no hemograma realizado rotineiramente nas doenças infecciosas, valorizam a possibilidade de tratar-se de mononucleose infecciosa.

O sinal de Hoagland também é um sintoma importante na mononucleose infecciosa. As pálpebras superiores ficam inchadas, a fenda palpebral diminui, o que dá ao paciente a aparência quase de um oriental, com os olhos bem fechadinhos. Esse sintoma foi descrito pelo coronel Hoagland que o identificou em recrutas militares dos Estados Unidos.

Diagnóstico

O diagnóstico pode ser feito por exame de Biologia Molecular, oferecido pelo LIG Diagnósticos Especializados. Normalmente, quando adultos são submetidos a esse exame, a maioria fica sabendo que foi infectada pelo vírus e teve a doença no passado sem se dar conta de sua atividade, já que os sintomas foram confundidos com os de infecções banais, comuns na infância e na adolescência.

Em alguns casos, porém, os quadros são mais intensos e prolongados, a febre é alta e custa a desaparecer, o que assusta muito os pacientes e seus familiares.

Tratamento

O tratamento da mononucleose é fundamentalmente sintomático, visando ao alívio dos sintomas e a combater a febre e a dor de garganta. Além disso, o paciente deve permanecer em repouso e evitar situações que possam favorecer a ocorrência de um trauma abdominal.

Saiba mais: Dr. Drauzio