Com certeza você já deve ter ouvido falar, pelo menos uma vez, sobre dengue. Seja nos noticiários, entre os familiares ou no trabalho. Mas, você está por dentro desse assunto?
A dengue é uma doença febril aguda, causada por um vírus, transmitida pela picada da fêmea do Aedes aegypti, um mosquito diurno que se multiplica em depósitos de água parada. Existem quatro tipos diferentes desse vírus: os sorotipos 1, 2, 3 e 4 (todos podem causar as diferentes formas da doença).
A dengue não é transmitida de pessoa para pessoa. A transmissão se dá pelo mosquito que, após um período de 10 a 14 dias contados depois de picar alguém contaminado, pode transportar o vírus da dengue durante toda a sua vida.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que entre 50 a 100 milhões de pessoas se infectem anualmente com a dengue em mais de 100 países de todos os continentes, exceto a Europa. Cerca de 550 mil doentes necessitam de hospitalização e 20 mil morrem em consequência da dengue.
Na maioria dos casos, a pessoa infectada não apresenta sintomas, combatendo o vírus sem nem saber que ele está em seu corpo. Para aqueles que apresentam sintomas, os tipos de dengue podem se manifestar clinicamente das seguintes formas:
Dengue clássica:
A dengue clássica é a forma mais leve da doença, sendo muitas vezes confundida com a gripe. Tem início súbito e os sintomas podem durar de cinco a sete dias, apresentando febre alta (39° a 40°C), dores de cabeça, cansaço, dor muscular e nas articulações, indisposição, enjoos, vômitos, entre outros.
Dengue hemorrágica:
As manifestações iniciais da dengue hemorrágica são as mesmas da forma clássica. Porém, após o terceiro dia, quando a febre começa a ceder, aparecem sinais de hemorragia: sangramento nasal, gengival, vaginal, rompimento dos vasos superficiais da pele (petéquias e hematomas), além de outros. Em casos mais raros, podem ocorrer sangramentos no aparelho digestivo e nas vias urinárias.
Síndrome do choque associado à dengue:
A síndrome do choque da dengue é a complicação mais séria da doença, se caracterizando por uma grande queda ou ausência de pressão arterial, acompanhado de inquietação, palidez e perda de consciência. Uma pessoa que sofreu choque por conta da dengue pode apresentar complicações neurológicas e cardiorrespiratórias, além de insuficiência hepática, hemorragia digestiva e derrame pleural. Além disso, a síndrome do choque da dengue não tratada pode levar a óbito.
Diagnóstico
O diagnóstico de certeza da dengue é laboratorial. Pode ser obtido por isolamento direto do vírus no sangue nos 3 a 5 dias iniciais da doença ou por exames de sangue para detectar anticorpos contra o vírus (testes sorológicos).
A prova do laço está indicada nos casos com suspeita de dengue, porque avalia a fragilidade capilar e pode refletir a queda do número de plaquetas.
Prevenção
O combate aos focos do mosquito transmissor é a única maneira de prevenir a transmissão da doença. Por isso, evite o acúmulo de água, coloque areia nos vasos de plantas, desinfete os ralos, mantenha as calhas sempre limpas, guarde garrafas vazias de cabeça para baixo e tampe a caixa d´água, ou seja, elimine focos de água parada. Dessa forma você protege a sua família, a vizinhança e colabora para a diminuição dos casos da dengue.
Fonte (e saiba mais): Dr. Drauzio e Minha Vida