A infertilidade humana consiste na dificuldade em gerar filhos biológicos, enquanto a esterilidade é definida como a incapacidade total de gerá-los. A infertilidade é caracterizada pelo insucesso de um casal em conceber um filho e/ou concluir uma gravidez após um ano de relações sexuais não protegidas. Pode ter várias causas, genéticas ou não, e costuma afetar homens e mulheres, atingindo de 10% a 20% dos casais.
O LIG Diagnósticos Especializados oferece diversos exames para a pesquisa de causas de infertilidade (infertilidade masculina e infertilidade feminina), contribuindo para o seu diagnóstico e também para a escolha da terapia e tratamento adequados.
Fatores ligados à espermatogênese
Microdeleções do Cromossomo Y – O cromossomo Y tem genes que regulam a espermatogênese. Microdeleções nesse cromossomo podem causar Azoospermia (ausência de espermatozoides) ou Oligospermia (número insuficiente de espermatozoides) no sêmen, levando à infertilidade masculina. Também estão relacionadas à diferenciação das gônadas e produção de hormônios sexuais, e são transmitidas pelos homens a todos os descendentes masculinos.
O LIG oferece pesquisa de várias microdeleções no braço longo do cromossomo Y, nas regiões AZFa, AZFb, AZFc do gene DAZ1 e de SRY, além de sequenciamentos desses genes.
CFTR – Mutações no gene CFTR podem ser a causa de Ausência Bilateral Congênita dos Canais Deferentes (CBAVD), que ligam o epidídimo à uretra através da qual o esperma é normalmente ejaculado. A ausência de espermatozoides observada num espermograma pode ser um indício de CBAVD e causa de infertilidade.
Falência Ovariana Precoce (FOP)
Segundo o Projeto Diretrizes para Falência Ovariana Precoce (FOP), da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, 2006, essa doença é definida como uma falência gonadal antes dos 40 anos de idade, que afeta 1% das mulheres e se apresenta clinicamente com amenorréia primária ou secundária e, laboratorialmente, com hipoestrogenismo e elevação das gonadotrofinas hipofisárias. Pode ter causa genética ou não-genética.
O LIG disponibiliza vários exames genéticos para sua investigação: FMR1 (POF especialmente precoce, 16-21 anos, Síndrome do X Frágil); FSHB (infertilidade masculina e feminina, por deficiência de Hormônio Folículo Estimulante); FSHR (Disgenesia ovariana) e DAX1 (Hipoplasia adrenal; hipogonadismo).
Galactosemia
80% das meninas que apresentam esse erro inato do metabolismo apresentam Falência Ovariana Precoce, a maioria após a puberdade. O LIG oferece diversos exames para Galctosemia: dosagem enzimática, sequenciamento de genes como GALT, GALK1 e pesquisa de mutações.
Agentes infecciosos
3,5% das pacientes com FOP de aparente causa autoimune têm antecedentes de varicela, malária, caxumba ou infecções por citomegalovírus, e vários desses agentes infecciosos foram relacionados a abortos e mal-formações fetais. O LIG oferece testes de biologia molecular para esses e outros agentes infecciosos e também para detectar infecções assintomáticas em trato genital masculino e feminino, como a por Chlamydia trachomatis.
Cariótipo para Casais
Anormalidades cromossômicas estão entre as principais causas de abortos espontâneos de repetição. São detectadas pela análise do cariótipo, que evidencia alterações estruturais ou numéricas dos cromossomos, através de seu mapeamento.
Dessas anormalidades, a Síndrome de Klinefelter é a que mais causa infertilidade masculina, sendo responsável por 3% de todos os casos (9,11). Ocorre em cerca de 1/ 500-1000 nativivos masculinos e 1/300 abortos espontâneos. Somente 40% das gestações de fetos com a síndrome vão a termo. Muitas vezes, o diagnóstico é feito quando um paciente realiza exames para investigação de uma suposta esterilidade, e a análise do cariótipo revela a presença de um ou mais cromossomos X, sendo a forma mais frequente 47,XXY.
Em casos de reprodução assistida, há um risco elevado de a criança ter cariótipo 47,XXY ou 47,XXX, o que pode ser detectado através de exame cromossômico pré-natal .
A análise de cariótipo também é útil em casos de translocações ou inversões cromossômicas, em que há alto risco da concepção de um feto com uma alteração cromossômica não-balanceada, que pode se associar a malformações congênitas, retardo mental e perda gestacional.
Pesquisa de fatores para trombofilia
Trombofilia é uma tendência para ocorrência de trombose. 40% dos casos têm predisposição genética, que quando associada a outros fatores de risco como imobilização prolongada, gravidez ou uso de hormônios, pode desencadear uma trombose.
A trombofilia tem sido associada a abortos de repetição (por trombose nos microvasos de útero e placenta), infertilidade e diversas complicações obstétricas, como pré-eclampsia ou baixo desenvolvimento do feto.
O LIG oferece exames de biologia molecular para detecção de diversos genes e mutações relacionados à trombofilia, como Fator V de Leiden, Fator II (protrombina), MTHFR, PAI1, Fibrinogênio, Fator XIII, ACE, EPCR.
Prova Cruzada para Casais
Detecta no soro da mulher a presença de anticorpos contra marcadores existentes na superfície das células do homem. Se positiva, indica resposta imune normal na gestação.
A deficiência na produção dos anticorpos protetores em mulheres com abortos repetidos pode dever-se a uma maior semelhança genética entre os membros do casal, dificultando o início da resposta de adaptação à gravidez. Alguns médicos indicam para esses casos a imunização da mulher com os leucócitos do seu companheiro, que pode resultar numa prova cruzada positiva e favorecer a manutenção da gravidez.
A prova cruzada tem sido solicitada por médicos de casais que apresentam problemas de fertilidade sem causa determinada, abortos de repetição ou falhas repetidas de implantação de embrião na reprodução assistida, após investigação prévia de outros fatores.