Embora a palavra colesterol tenha adquirido um sentido negativo para muitos, trata-se de um tipo de gordura indispensável para o funcionamento do nosso metabolismo e está presente em todas as células do corpo. O fato é que existem dois tipos de colesterol: o HDL, chamado comumente de bom colesterol, e o LDL, o colesterol ruim. Em excesso, este último pode gerar diversas complicações para a saúde cardiovascular, podendo até levar à morte. Para evitar esses problemas, reunimos aqui algumas dicas de hábitos que ajudam a prevenir ou – para aqueles que já receberam o diagnóstico – controlar o excesso de colesterol no sangue, a Hipercolesterolemia. Confira:
Embora seja calórico, com recomendação diária máxima estipulada em duas colheres de sopa, o azeite de oliva não só ajuda a diminuir o mau colesterol (LDL) como ainda aumenta o bom colesterol (HDL), explica o cardiologista e nutrólogo Daniel Magnoni, do Hospital do Coração (Hcor), de São Paulo. Isso ocorre graças aos antioxidantes presentes no alimento, como as gorduras monoinsaturadas e a vitamina E.
Mas, apesar de fornecer esses e outros benefícios, como a capacidade de controlar o diabetes tipo 2, o azeite não deve ser a primeira opção na hora de preparar alimentos fritos. Neste caso, o mais recomendado é usar o óleo de canola, uma vez que ele mostra mais resistência à formação de compostos tóxicos quando aquecido.
Para alguns, a associação entre peixes e ácidos graxos ômega 3 é imediata. Mas será que você sabe por que eles são tão bem-vindos na dieta? Um dos motivos é o fato de eles serem uma gordura boa, do tipo insaturada, que reduz os níveis de colesterol e triglicérides (outro tipo de gordura) do sangue.
Além disso, como completa o cardiologista, eles ainda evitam a formação de coágulos que podem obstruir vasos e causar infartos. Ácidos graxos ômega 3 estão presentes em peixes, como salmão, truta e atum, e em outros alimentos, como linhaça, nozes, rúcula e milho.
Fibras não podem ficar de fora do cardápio. Primeiro, porque elas diminuem a absorção de gorduras pelo organismo, reduzindo o nível de LDL. “O outro motivo é o fato de elas aumentarem a excreção de colesterol na forma de bile”, esclarece o especialista.
Assim, prefira alimentos integrais e consuma frutas com a casca, sempre que possível. Outro conselho é preferir a fruta fresca, pois ela perde parte de suas fibras quando cozida ou em forma de suco.
Os alimentos à base de soja podem não ter o mesmo sabor da carne original ou do leite, mas a verdade é que, se bem preparados, eles podem ser bem gostosos. E mais: eles não só combatem o colesterol ruim, como ainda aumentam o colesterol bom, conta Daniel Magnoni.
A soja também ajuda a controlar problemas hormonais em mulheres na menopausa e ainda criam uma barreira no organismo contra infecções. Use a criatividade e prepare refeições ricas nesse alimento.
E por fim praticar exercícios! “Praticar exercícios físicos regularmente é uma maneira eficaz de aumentar a queima de gordura corporal, reduzindo o mau colesterol (LDL)”, aponta Daniel Magnoni. Treinos frequentes também atuam na perda de peso e no controle do diabetes e da pressão alta, problemas que muitas vezes acompanham quem está com colesterol alto. Resumindo: você melhora a sua saúde e, de quebra, ainda entra em forma.
Fonte: Minha Vida