Uma boa notícia: os doadores voluntários de medula estão aumentando. Em 2000 eram apenas 12 mil inscritos no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME). Em maio de 2013, esse número aumentou para mais de três milhões, tornando o Brasil o terceiro maior banco de dados do gênero no mundo, ficando apenas atrás dos Estados Unidos (sete milhões de doadores) e Alemanha (cinco milhões).
Apesar desses números positivos, muitas pessoas ainda têm dúvidas de como é realizada a doação de medula. Confira as perguntas mais comuns, acabe com as dúvidas e salve vidas.
1) O que é a medula?
Quando se fala de transplante de medula, muitas pessoas se confundem. A medula que é doada é a medula óssea e não a medula espinhal (que é parte do sistema nervoso e fica dentro da coluna vertebral). A medula óssea é um tecido líquido-gelatinoso, que está dentro das cavidades ósseas e é mais conhecida como “tutano”. É dentro da medula que são produzidos os componentes do sangue: as hemácias (glóbulos vermelhos), os leucócitos (glóbulos brancos) e as plaquetas.
2) O que é transplante de medula?
Algumas doenças como a leucemia, anemia falciforme e talassemia atacam as células do sangue. O transplante tem o objetivo de reconstituir as funções da medula óssea de uma pessoa doente por células normais de medula óssea retiradas de um doador saudável.
3) Como faço para ajudar?
Qualquer pessoa entre 18 e 55 anos de idade, em bom estado geral de saúde, sem ter doença infecciosa ou incapacitante, pode ser doador de medula óssea. Primeiro é necessário se cadastrar no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME). No Espírito Santo, o cadastro é realizado no HEMOES, em Vitória, e nos Hemonúcleos localizados em São Mateus, Colatina, Linhares e Serra (veja os endereços aqui e no final do post).
No local são colhidos 5 ml de sangue, que serão tipados por exame de histocompatibilidade (HLA), um teste de laboratório para identificar suas características genéticas (veja mais informações sobre esse exame aqui). Quando houver um paciente compatível, o doador será consultado para confirmar o desejo de doação.
4) Como é realizada a doação da medula óssea?
Existem dois procedimentos. A forma tradicional é a coleta através de múltiplas punções aspirativas com agulha, nos ossos posteriores da bacia, em que é aspirada a medula. O volume coletado dependerá do tamanho do doador e do receptor e a retirada não causa nenhum comprometimento à saúde.
A segunda forma é através de um medicamento denominado fator de crescimento de granulócitos, administrado ao doador. A droga estimula as células da medula, fazendo que circulem por dois ou três dias no sangue periférico e podendo ser recolhida por máquinas de coleta de sangue.
5) Como é feito o transplante?
O receptor participa de uma preparação de dez dias para receber o transplante. Nesse período são ministradas drogas quimioterápicas, que elimina a medula óssea e o sistema imune do receptor. Na próxima etapa, as células colhidas do doador são recebidas pelo receptor na forma de transfusão.
Com a circulação na corrente sanguínea, as células atingem o interior dos ossos e começam a se multiplicar e retomar a atividade de produção dos componentes do sangue. Com a produção de células maduras do sangue, geralmente de duas a quatro semanas depois do transplante, é confirmada que a medula “pegou”, ou seja, que a medula começou a funcionar.
Aqui no Espírito Santo os endereços para se tornar um doador são:
Centro de Hemoterapia e Hematologia do Espírito Santo (HEMOES)
Av. Marechal Campos,1468 – Maruípe – Vitória
Telefone: (27) 3137-2458 / 3137-2463 / 2438
HEMOES São Mateus
Av. Otovarino Duarte Santos, km. 2, s/nº – Parque Washington – São Mateus
Telefone: (27) 3773-7226
HEMOES Linhares
Av. João Felipe Calmon, 1305, Linhares/ES
(27) 3171-4361
HEMOES Colatina
R. Cassiano Castelo, s/n, centro, Colatina/ES –
(27) 3177-7930 (recepção)
Unidade de doação de sangue na Serra
Av. Eudes Scherrer de Souza, s/n, Laranjeiras, Serra/ES (anexo
ao Hospital Dório Silva)
Tel (27) 3338-7373
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