Segundo projeção da Organização Mundial da Saúde – OMS, em 2015,cerca de 2,3 bilhões de adultos vão estar com sobrepeso e mais de 700 milhões serão obesos
Sedentarismo, ansiedade, patrimônio genético,alimentação rica em gorduras e carboidratos, além de uma série de outros fatores, contribuem para o constante crescimento no número de pessoas com sobrepeso e obesas no Brasil e no mundo. Por isso, tanto o combate quanto a prevenção se tornaram ações emergenciais diante de um problema que vem adquirindo proporções epidêmicas, segundo a Organização Mundial da Saúde. Dados a considerar no dia 11 de outubro, data nacional de prevenção.
Segundo dados divulgados em abril desse ano, no Portal da Saúde do Ministério da Saúde,quase metade da população brasileira está acima do peso. O aumento foi registrado nos últimos seis anos. Um estudo realizado apontou que a proporção de pessoas com sobrepeso passou de 42,7%, em 2006, para 48,5%, em 2011. No mesmo período, o percentual de obesos subiu de 11,4% para 15,8%.
Isso demonstra que a obesidade já se tornou um problema de saúde pública, aumentando o risco de doenças como pressão alta, diabetes e colesterol elevado, por exemplo.Na busca pelo combate ao problema, constantemente surgem novas ações de prevenção e tratamento da obesidade. Campanhas nas cantinas das escolas, incentivo à prática de exercícios físicos e noites de sono bem dormidas, são apenas algumas dessas ações. Mas, por outro lado, o ritmo acelerado em que a obesidade vem surgindo preocupa e novas frentes de atuação ainda mais combativas precisam ser elaboradas.
Por isso, é importante ficar atento e cuidar da saúde do corpo como um todo e sempre buscar a orientação de um especialista antes de tomar qualquer medida para tentar emagrecer. O estudo genético do paciente pode oferecer uma série de benefícios para o tratamento da obesidade.
Segundo o médico geneticista do LIG Diagnósticos Especializados, Dr. Filippo Vairo, “como em muitas outras doenças, a obesidade é resultado de interação entre fatores genéticos e ambientais. Há estudos demonstrando que até 80% dos filhos de um casal de obesos desenvolve obesidade e apenas 10% dos filhos de um casal com peso normal torna-se obeso. Sabendo dessa predisposição genética, a pessoa pode mudar a alimentação e os hábitos de vida mais precocemente para prevenir o desenvolvimento da obesidade e de suas complicações”afirmou.
O especialista ressalta ainda que“já foram descritos alguns genes relacionados à obesidade tanto em relação ao metabolismo de gorduras quanto ao apetite e há laboratórios que oferecem a análise de variantes desses genes que podem predispor à obesidade, devendo sempre a indicação do exame e a análise dos resultados serem avaliados por um médico geneticista”.
O que é a obesidade?
A obesidade é caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal no indivíduo. Para o diagnóstico em adultos, o parâmetro utilizado mais comumente é o do índice de massa corporal (IMC).
Como Calcular IMC?
O IMC é calculado dividindo-se o peso do paciente pela sua altura elevada ao quadrado. É o padrão utilizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que identifica o peso normal quando o resultado do cálculo do IMC está entre 18,5 e 24,9. Para ser considerado obeso, o IMC deve estar acima de 30.
Como é feito o teste para obesidade?
A análise se faz por meio de exame de sangue que pode ser colhido em um tubo de EDTA ou apenas algumas gotas em um cartão apropriado. Não é necessário fazer jejum ou qualquer outro tipo de preparação para o exame. O estudo genético da obesidade é um relatório de natureza clínica que deve ser avaliado e interpretado por um profissional de saúde qualificado para tanto.
Lei nº 11.721
Segundo consta na Lei nº 11.721, assinada em junho de 2008, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, 11 de outubro é Dia Nacional de Prevenção da Obesidade.