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Haja coração, amigo!

14 de agosto de 2013

Em 14 de agosto comemoramos o Dia do Cardiologista, e para homenagear estes profissionais que cuidam da gente de coração aberto, separamos aqui os avanços mais importantes da especialidade.

Eletrocardiografia: é o registro da variação dos potenciais elétricos gerados pela atividade do coração. Foi desenvolvida na última parte do século XIX e início do XX e teve um grande avanço através das pesquisas desenvolvidas Willem Einthoven, que ganhou o Prêmio Nobel de 1924.  As duas principais indicações da eletrocardiografia são a avaliação do ritmo cardíaco (local de formação, frequência de formação e condução do estimulo elétrico), e a avaliação pré-anestésica.

Cardiologia preventiva e estudo de Framingham: o estudo, feito há mais de 60 anos nos Estados Unidos, demonstrou a importância de alguns fatores de risco como o tabagismo, obesidade, diabete e sedentarismo no desenvolvimento de doença cardíaca e cérebro-vascular (derrame cerebral). Um dos resultados desse estudo foi a criação de uma das ferramentas mais utilizadas para calcular o risco cardíaco.

 Calcule o seu risco acessando aqui: http://goo.gl/zMxFQf 

Aterosclerose: o colesterol e seus efeitos nos vasos sanguíneos já eram conhecidos desde o século XVIII, mas somente no início dos anos de 1900 foram descobertas as causas dessa doença. Pesquisadores observaram a relação entre alimentos ricos em colesterol e as placas de lipídios nas paredes das artérias, podendo obstruir vasos vitais como o coração e o cérebro.

Unidades coronarianas: a técnica de ressuscitação cardiopulmonar com tórax fechado e o monitoramento de telemetria contínuo com um sistema de alarme foram as bases de criação das unidades coronarianas. Desenvolvida nos anos de 1960, são unidades de terapia intensiva para pacientes com problemas cardíacos e aumentaram as taxas de recuperação devido à sua estrutura própria.

Ecocardiografia: foi desenvolvido na Segunda Guerra Mundial, a partir de sonares utilizados por navios para a detecção de submarinos. Com a adaptação do aparelho, foi possível gravar pela primeira vez, através de ondas de ultrassom, os movimentos das paredes do coração. Através desse exame é possível investigar a presença de sopro cardíaco, síncope, falta de ar, dor torácica ou diferentes patologias cardíacas.

Terapia trombolítica: a técnica foi desenvolvida na metade do século XX e ajudou a médicos em ações para reverter a isquemia do miocárdio, limitar o tamanho do infarto e reduzir a mortalidade e a morbidade entre os infartados. O uso da terapia trombolítica nas artérias coronárias tornou-se rotina, sendo considerada uma das melhores abordagens na terapia inicial do infarto agudo do miocárdio.

Cateterismo cardíaco (angiografia coronária): entre os anos de 1890 e 1930, dois avanços na ciência auxiliaram no desenvolvimento desse tipo de exame: a descoberta dos raios X e o desenvolvimento do uso do cateter. Atualmente esse exame possibilita avaliar ou confirmar a presença de doença arterial coronária, das válvulas cardíacas, do músculo cardíaco, dos vasos pulmonares ou da artéria aorta, além de determinar a necessidade de tratamento cirúrgico (angioplastia coronária, cirurgia cardíaca ou correção de cardiopatias congênitas).

Cirurgia de coração aberto: em 1949, Wilfred Bigelowe realizou procedimentos de coração aberto em animais com o uso de hipotermia. Quatro anos depois foi realizada a cirurgia com a mesma técnica em uma menina de cinco anos. O uso da máquina coração-pulmão (que oxigena e mantém o sangue do paciente em circulação) ofereceu uma proteção adicional para os órgãos vitais e foi um grande avanço na cirurgia de coração aberto. Atualmente é possível reparar uma série de doenças comuns do coração, incluindo artérias bloqueadas e a substituição de válvulas cardíacas.

Desfibriladores cardíacos: uma das primeiras tentativas bem sucedidas de usar choques elétricos em humanos contra a fibrilação cardíaca (taquicardia caracterizada pelo ritmo irregular proveniente dos átrios) foi realizada nos anos de 1950. O desenvolvimento do desfibrilador automático implantável na década de 1980 aumentou significativamente o percentual de sobreviventes em situações de parada cardíaca.

Angioplastia coronária: um dos mais recentes procedimentos desenvolvidos na cardiologia – aprimorado nos últimos 40 anos – utiliza cateteres que vão ao coração, tratando as obstruções das artérias coronárias. Tem como objetivo aumentar o fluxo de sangue para o coração e a ação dura aproximadamente uma hora. É uma técnica popular, pois não existem grandes cortes e suturas e auxilia no implante da prótese endovascular (utilizada no interior dos vasos) conhecida como “stent”.

Leia mais:

http://goo.gl/rwqjz9

http://goo.gl/4HaIkZ

http://goo.gl/3rYcig