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A importância do “teste da orelhinha”

24 de fevereiro de 2015

Logo nos primeiros meses de vida – mas, de preferência até 48 horas após o nascimento –, recomenda-se que o bebê seja submetido ao exame de emissões otoacústicas evocadas. Esse exame, popularmente chamado de “teste da orelhinha”, que demonstra se há resposta a um estímulo sonoro, pesquisa a integridade do ouvido de bebês e ajuda a identificar previamente se a criança apresenta algum tipo de deficiência auditiva.

De acordo com a fonoaudióloga Juliana Silva Vieira Scardini, do Hospital Infantil e Maternidade Dr. Alzir Bernardino Alves (Himaba), em Vila Velha, se a criança não passar no teste – que inclui o teste de confirmação –, outros exames devem ser realizados a fim de diagnosticar um possível problema.

Ela ressalta que o teste da orelhinha é fundamental, já que qualquer perda auditiva, mesmo que pequena, influencia no desenvolvimento da linguagem. De acordo com a fonoaudióloga, o diagnóstico tardio de deficiências relacionadas à audição dificulta o tratamento e também o desenvolvimento emotivo e social da criança, que vai sendo afetada progressivamente até que o problema seja identificado.

“Se for diagnosticada alguma deficiência, a intervenção deve acontecer o quanto antes, pois a perda auditiva durante o desenvolvimento da criança afeta de forma devastadora a evolução da fala e da linguagem, prejudicando o aprendizado e interferindo em sua vida social”, explica Juliana.

O médico investigará a causa da deficiência, que pode ter várias origens, inclusive mutações genéticas. O LIG Diagnósticos Especializados oferece diversos painéis para triagem e pesquisa de surdez hereditária.

O teste da orelhinha é um exame que consta na tabela do Sistema Único de Saúde (SUS) e é oferecido gratuitamente para a população. No Espírito Santo, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) disponibiliza o exame nas maternidades do Himaba, em Vila Velha, e do Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, na Serra.

O exame

O teste ocorre preferencialmente enquanto o bebê dorme, já que o aparelho utilizado no procedimento é muito sensível e qualquer movimento e ruídos podem interferir no resultado do exame. O fonoaudiólogo coloca um fone no ouvido do recém-nascido e aciona o aparelho, que produz estímulos sonoros e capta os retornos do estímulo.

O resultado é apresentado em forma de gráfico. Caso o teste não aponte nenhuma alteração, o bebê é liberado, do contrário, o recém-nascido é avaliado para que seja feita a intervenção necessária. O exame é bem rápido, dura em torno de cinco minutos, além de não ser doloroso nem incomodar a criança.

Fonte: Secretaria da Saúde do Estado do Espírito Santo