A hanseníase é uma das doenças mais citadas nos livros de história. Antigamente a doença, mais popularmente conhecida como lepra, era considerada um castigo dos deuses e os “leprosos” afastados do convívio social. Foi no final do século XIX que esse quadro mudou, com a descoberta do bacilo e o desenvolvimento de uma cura.
Existem documentos do século 6 a.C com referências à hanseníase nas regiões da Índia, China e no Egito. Hipócrates, pai da medicina, a chamava de “doença fenícia” e dizem que o exército de Alexandre, o Grande, teria trazido à enfermidade para a Grécia. De lá evoluiu para a Europa Ocidental e para as colônias da Espanha, Gália e Inglaterra.
Na Bíblia é comum aparecerem os termos “lepra” e “leprosos” para designar aqueles que deveriam ficar longe do convívio com as pessoas. Infelizmente esse quadro só começou a mudar em 1873, quando o norueguês Armauer Hansen identificou o bacilo que causa a doença.
O que é a hanseníase?
É uma doença infecto-contagiosa que apresenta lesões na pele e nos nervos periféricos, principalmente nos olhos, mãos e pés. Tem uma manifestação lenta e geralmente está relacionada com manchas na pele, sensação de formigamento na pele e diminuição da força nos músculos – por conta da inflamação nos nervos – e mal estar geral.
A transmissão do bacilo, e a mais provável porta de entrada no organismo, são através das vias aéreas de pessoas infectadas que não realizam nenhum tipo de tratamento. O avanço da doença pode causar deformidades, limitando a vida social e diminuindo a capacidade de trabalhar.
Qual o tratamento?
Quanto mais rápido é diagnosticada, mais eficiente é o tratamento, feito através da poliquimioterapia (PQT). O objetivo é fechar a fonte de infecção interrompendo a cadeia de transmissão da doença. A PQT é realizada através do conjunto de dos medicamentos rifampicina, dapsona e clofazimina, que mata o bacilo e evita a evolução da doença.
Saiba mais sobre a hanseníase