O ato de amamentar transcende a alimentação pura e simples do bebê. Além do fortalecimento da relação mãe e filho, o gesto assegura a saúde do sistema imunológico do recém-nascido, resguardando-o de doenças como alergias, infecções, anemia, entre outras. Contribui também para o bom desenvolvimento da arcada dentária e a musculatura oral, fundamental para uma boa mastigação. Outro ponto que conta a favor do aleitamento é que o ato ainda ajuda no combate às temidas cólicas, pois o leite materno contém proteínas facilmente digeridas pelo bebê.
E hoje, 1º de agosto, é comemorado o Dia Mundial da Amamentação. Criada para fomentar a amamentação natural, a data também remete à importância do gesto como forma de se combater a desnutrição infantil e, de quebra, tornar possível a criação de bancos de leite para crianças que, por alguma intercorrência, não possam ser amamentadas por suas mães.
E engana-se quem pensa que somente os bebês se beneficiam! Para as mães, as vantagens são inúmeras. Amamentar diminui significativamente os riscos de uma hemorragia e/ou anemia pós-parto, e ainda auxilia a recuperação do útero. Também minimiza os riscos do surgimento de um futuro câncer de mama, do ovário, diabetes e doenças cardiovasculares, além de ajudar na perda dos quilos que se ganha durante a gestação. E o melhor: não custa nada, está sempre pronto e na temperatura ideal.
É preciso se preparar para a amamentação
Entretanto, amamentar não é um ato tão simples assim para a mãe. Há muito mais em jogo que a simples mecanização do ato. É um fenômeno complexo, com muitas variáveis socioculturais determinantes. Por mais que se pense o contrário, dar o leite ao bebê não é algo que está claro para a maioria das mulheres.
Diferentemente dos demais mamíferos, o ser humano lança mão de uma parafernália de utensílios que mais atrapalham do que ajudam. Bicos de silicone, pomadas, protetores de mamas, conchas, almofadas, sutiãs são produtos totalmente dispensáveis. Tudo que o bebê realmente necessita é do leite e de amor.
Sabe-se que crianças que são amamentadas desenvolvem-se melhor, são mais inteligentes; este maior desenvolvimento cognitivo se deve às trocas afetivas durante o aleitamento. O colo e o aconchego materno permitem que o trauma do nascimento seja amenizado, já que a criança estava quente e protegida no útero, e a mudança realmente é brusca.
Tão importante é o ato que a Unicef e a OMS se uniram em campanha, para assegurar que a criança seja alimentada por esta via, exclusivamente, até pelo menos os seis meses de vida. Para tanto, é imprescindível iniciar o processo de amamentação logo em seguida ao parto; não oferecer outro tipo de alimento para o bebê além do leite; que o peito seja oferecido todas as vezes que a criança quiser, chorar ou manifestar fome; e abolir terminantemente o uso de chupetas e mamadeiras, para que o bebê não se acostume a uma forma “fácil” de sucção.
Fonte: aleitamento.com