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Transplante mais brando pode curar anemia falciforme

11 de julho de 2014

Um experimento realizado nos EUA com uma forma menos agressiva de transplante de medula óssea para o tratamento de anemia falciforme grave em adultos teve uma taxa de sucesso de quase 90%. Os resultados foram publicados no dia 02 de julho na revista científica “Jama”.

Mas, o que é anemia falciforme?

Trata-se de uma doença genética com maior prevalência no Brasil. Ela atinge mais a população negra e é causada por uma alteração genética na hemoglobina, proteína que dá a coloração avermelhada ao sangue e ajuda no transporte de oxigênio pelo corpo. Essa alteração faz com que as hemácias – glóbulos vermelhos do sangue – assumam a forma de foice. As células deformadas se tornam rígidas e dificultam a circulação sanguínea.

Transplante

O transplante é indicado apenas para a as formas mais graves da anemia falciforme – em torno de 20% dos casos – e é a única cura conhecida para a doença.

O procedimento tradicional destrói completamente a medula óssea do paciente por meio da quimioterapia para que a pessoa receba a nova medula. Apesar da alta taxa de cura – 95% – é um procedimento arriscado em pacientes já comprometidos pela doença.

Já o novo procedimento usa doses menores de químio e imunossupressores, e doses maiores de células-tronco do que a terapia tradicional.

O estudo americano durou quase dez anos e envolveu trinta pacientes adultos que tinham complicações decorrentes da doença – vinte e seis ficaram livres da doença e um morreu. O estudo é importante porque mostra que, mesmo utilizando doses baixas de quimioterapia, é possível que uma nova medula óssea se desenvolva.

Como no experimento realizado nos EUA a medula do paciente não é completamente destruída, parte dela convive com a medula do doador. Por isso, ainda é necessário avaliar se essas medulas compartilhadas continuarão funcionando corretamente ou se a medula “doente” vai prevalecer sobre a transplantada, o que levaria ao retorno da anemia falciforme.

O LIG Diagnósticos Especializados é credenciado pelo Ministério da Saúde e realiza no Espírito Santo – através do SUS (Sistema Único de Saúde) – exames de compatibilidade entre doadores e receptores, para pacientes com indicação de transplante de medula óssea.

Fonte (e saiba mais): Folha de S. Paulo