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No Dia Nacional de Combate ao Câncer

27 de novembro de 2015

Novos casos de câncer surgem aos milhares anualmente, de acordo com as estatísticas dos institutos especializados. Os tipos mais frequentes são o de próstata, em homens, e o de mama e de colo do útero, nas mulheres. O que também não é novidade é que pessoas podem contribuir com a prevenção de determinados tipos de câncer com mudanças simples no dia a dia: alimentação correta, rica em verduras e frutas, associada com a prática de exercícios, para manter o peso adequado, evitar o tabagismo, alcoolismo e ter o hábito do sexo seguro, com o uso de preservativos. Para esses e outros alertas foi criado o Dia Nacional do Combate ao Câncer, lembrado em 27 de novembro.

No entanto, especialistas afirmam que a prevenção dessa doença ainda não é totalmente possível, uma vez que são vários mecanismos envolvidos em seu desenvolvimento aliados às características genéticas de cada pessoa. Por isso, a detecção precoce é importante para salvar vidas, uma vez que, quando diagnosticados e tratados precocemente, muitos casos de câncer são curáveis.

Aqui, alguns especialistas comentam sobre exames disponíveis em centros de medicina diagnóstica para a avaliação complementar dos tipos de câncer mais frequentes e de como eles são capazes de indicar uma suspeita ou a necessidade de melhor investigação diante de um caso suspeito.

Câncer de Próstata

Segundo Leonardo Kayat, radiologista integrante do corpo clínico da CDPI, o cuidado inicia com a visita ao urologista. Ele reforça a importância dos exames tradicionais, como o antígeno prostático específico (PSA) no sangue e o exame de toque retal, mas afirma que, atualmente, existem meios complementares de detectar o câncer no caso de suspeita da doença, como a ressonância magnética, que vem ganhando força como auxílio no diagnóstico. “O exame vem evoluindo como uma modalidade poderosa na localização e no estadiamento desse tipo de câncer, exibindo um desempenho superior ao exame de toque retal ou à ultrassonografia”, argumenta Leonardo.

Câncer de Mama

A Dra. Fernanda Philadelpho, radiologista especialista em mama e integrante do corpo clínico da CDPI e da Alta Excelência Diagnóstica, chama a atenção para a importância da mamografia como método de detecção precoce do câncer de mama, especialmente após os 40 anos. E complementa que, em certos casos – como nas mamas densas e na presença de nódulos, assimetrias e distorções do parênquima mamário previamente detectados no estudo mamográfico – a ultrassonografia das mamas pode ser um excelente exame complementar para o esclarecimento diagnóstico. A ressonância magnética tem sido indicada para pacientes de alto risco genético (> 20%), com câncer de mama recentemente diagnosticado, para pesquisa de tumor adicional, avaliação de implantes de silicone e de resposta quimioterápica, pesquisa de tumor oculto na vigência de metástase axilar e diagnóstico diferencial entre fibrose e recidiva tumoral. A biópsia percutânea de lesões mamárias é um método largamente utilizado e pouco invasivo que permite o diagnóstico patológico. Um fator de extrema importância é a correlação dos resultados das biópsias com os achados clínicos e de imagem. Estes devem ser sempre avaliados e discutidos entre o radiologista que realizou o procedimento, o patologista e o médico da paciente.

Segundo o Dr. Almada Horta, gestor do Setor de Citopatologia do Sérgio Franco Medicina Diagnóstica, a prevenção do câncer de colo de útero, por meio do exame citológico, é fundamental, pois permite controlar essa doença de alta incidência no Brasil, ao diagnosticar e tratar suas lesões precursoras.

Esse processo consiste em visitas periódicas ao ginecologista para coleta de células do colo uterino e envio do material ao laboratório de patologia para realização do exame citológico (teste de Papanicolaou).

Em vigência de um exame citológico alterado, há indicação de uma investigação complementar, a colposcopia, quando o ginecologista observa a vagina e o colo uterino através de um aparelho que possui lentes de aumento e que, após a aplicação de corantes, permite identificar a localização de áreas anormais. Essas áreas podem ser avaliadas por meio da biópsia do material encaminhado para análise histológica no laboratório de patologia. Ao se confirmar a presença de lesão precursora (não invasora) de alto grau, posteriormente, esta será retirada, e a paciente será considerada curada, devendo permanecer em controle citológico e colposcópico.

A medicina diagnóstica moderna desenvolveu, para o acompanhamento dessas pacientes, testes de biologia molecular, como os métodos de captura híbrida, genotipagem ou PCR, que permitem a identificação e a subtipagem do Papilomavírus humano (HPV), agente que pode predispor ao desenvolvimento de câncer de colo uterino. É importante sinalizar, porém, que a positividade desses testes não significa que a mulher, obrigatoriamente, apresente lesões precursoras ou câncer. O resultado negativo dessas avaliações de biologia molecular tem, porém, forte impacto para minimizar o risco de lesões precursoras no colo uterino.

Fonte: Portal R7