O transplante de medula óssea é indicado para pacientes com leucemia, linfomas, anemias graves, imunodeficiências e outras 70 doenças relacionadas ao sistema sanguíneo e imunológico.
Quando um paciente necessita de transplante e não possui um doador na família, é feita uma consulta aos Registros de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME). Se for encontrado um doador aparentemente compatível, ele então será convidado a fazer exames complementares para ver se a doação realmente é possível.
Infelizmente é muito difícil encontrar um doador compatível com o receptor. A chance é, em média, de UMA EM CEM MIL!
Por isso, são feitas campanhas para que as pessoas dispostas a doar se cadastrem nos hemocentros. Quanto mais doadores houver, mais chances os pacientes em tratamento têm de conseguirem a cura.
Quem pode se cadastrar como doador voluntário
- Qualquer pessoa entre 18 e 54 com boa saúde, e sem antecedentes de câncer; não há exigência de peso mínimo;
- Diabéticos;
- Pessoas grávidas ou amamentando;
- Hipertensos;
- Pessoas que tenham tido anteriormente meningite, anemia ou hepatite ‘A’;
- Pessoas com tatuagem;
- O doador fica na base de dados do REDOME até completar 60 anos, nesse período pode ser convocado ou não para avançar nas etapas da doação.
Como se cadastrar
- É possível se cadastrar como doador voluntário de medula óssea nos Hemocentros de cada estado.
- Os doadores preenchem um formulário com dados pessoais e é coletada uma amostra de 5 ml de sangue para testes que determinam as características genéticas necessárias para a compatibilidade entre o doador e o paciente.
- Os dados pessoais e os resultados dos testes dos doadores voluntários são armazenados em um sistema informatizado. Este sistema faz o cruzamento dessas informações com dados dos pacientes que estão necessitando de um transplante.
Havendo um receptor compatível, o doador será convidado a fazer a doação.
Como é feita a doação
Existem de duas formas de doar a medula óssea:
Punções na bacia: a medula é retirada com anestesia, por meio de uma punção no interior de ossos da bacia, feita com agulha especial e na qual se retira uma quantidade de medula óssea equivalente a uma bolsa de sangue. Para que o doador não sinta dor, é necessário tomar anestesia. O procedimento dura em média 90 minutos. A sensação de dor moderada permanece em média por uma semana e é semelhante a dor da injeção de penicilina. Não fica cicatriz, apenas a marca de 3 a 5 furos de agulhas. É importante destacar que o procedimento não envolve cirurgia, não há corte, nem pontos. O doador fica em observação por um dia e geralmente retorna para sua casa no dia seguinte.
Aférese: antes de realizar este procedimento, o doador precisa tomar um medicamento por 5 dias, que estimulará a multiplicação das células-mãe, que migram da medula para os vasos e são filtradas. O processo de filtração dura em média 4 horas, até que se obtenha o número adequado de células. O medicamento aplicado antes da doação pode causar dores no corpo e fadiga.
O procedimento mais usado hoje em dia é a aférese.
O doador, por possuir uma medula saudável e se encontrar em bom estado de saúde, reconstituirá o que doou rapidamente, voltando às atividades normais. Em casos especiais e raros, se necessário, o doador pode ser compatível e doar novamente a medula para outra pessoa.
O doador de medula óssea deve manter seu cadastro sempre atualizado.
Para o doador, a doação será apenas um incômodo passageiro. Para o paciente, será a diferença entre a vida e a morte. A doação de medula óssea é um gesto de solidariedade e de amor ao próximo!
Fontes: INCA e AMEO (Associação da Medula Óssea)