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Estudo alerta para mau uso de dupla mastectomia

28 de maio de 2014

Um estudo publicado no último dia 21 mostrou que as mastectomias duplas podem estar sendo realizadas com uma frequência demasiada. Este tipo de cirurgia não aumenta a sobrevivência para a maior parte das mulheres e é tipicamente recomendada para cerca de 10% das pacientes que apresentam alto risco de desenvolvimento do câncer de mama.

Das mulheres que se submeteram à cirurgia para remover a mama saudável, 69% não apresentavam grandes fatores de risco genéticos, destacou o estudo publicado no Jornal da Associação Médica Americana. Enquanto isso, apenas um quarto das mulheres que correm um risco maior de desenvolver câncer de mama no futuro tiveram a recomendação para a retirada das duas mamas – operação conhecida como mastectomia profilática contralateral.

Para evitar a recorrência da doença, mulheres que apresentam mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 ou que possuem um forte histórico familiar costumam ser aconselhadas a remover as duas mamas. Lembrando que esse assunto já foi abordado aqui no blog, quando falamos sobre o caso da atriz Angelina Jolie, que recorreu à dupla mastectomia após a realização de exames genéticos.

A pesquisa teve como base uma amostra de 1.447 mulheres americanas, com média de 59 anos, que foram diagnosticadas com câncer nos estágios de 1 a 3 em uma das mamas. Cerca de 8% das mulheres tiveram as duas mamas removidas, 35% tiveram apenas a mama afetada removida e 58% fizeram uma cirurgia de conservação da mama, na qual apenas o tumor é retirado.

Os cientistas descobriram que as mulheres com nível educacional mais elevado eram mais propensas a optar pela mastectomia profilática contraleral, e que o principal fator de peso na decisão foi a preocupação de que a doença pudesse acometer a mama sadia.

Fonte: UOL Notícias / Saúde