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Voluntários levam alegria e ajudam no tratamento de crianças

10 de outubro de 2014

Hoje, Dia das Crianças, vamos falar de um trabalho muito importante e que faz a diferença no tratamento de diversas crianças hospitalizadas: os Doutores do Riso!

A alegria contagia o hospital visitado em Vila Velha, onde um grupo de 4 voluntários chegou para espalhar sorrisos, brincando com os funcionários e deixando da porta para fora qualquer problema da vida pessoal. Por trás da maquiagem e da roupa de palhaço essas pessoas se transformam em incentivadores do riso.

A ONG (Organização Não Governamental) Sorrir Sempre existe há dois anos e meio com o objetivo de levar animação àqueles que estão recebendo tratamento em hospitais. “Como tenho filhas perfeitas e não tinha ninguém doente na família pensei em criar a ONG como forma de agradecimento às muitas dádivas que recebo em minha vida. É uma realidade muito difícil e gostaria de contribuir com alegria e felicidade na vida dessas pessoas, que praticamente moram nos hospitais”, conta Lico Barreto, idealizador e criador da Sorrir Sempre.

O projeto abrange o hospital infantil de Vila Velha e, recentemente, foi expandido para o antigo hospital ferroviário, também em Vila Velha. Além de participar todos os domingos das visitas aos quartos das crianças hospitalizadas, o grupo faz parte do “Conselho Besteirológico Capixaba”, que receita aos pacientes e familiares muito amoralegria e esperança. “Fiquei muito satisfeito com a visita do grupo. Minha filha se sente mais alegre e entusiasmada. É uma excelente iniciativa, ainda mais em um momento assim”, afirmou Osvaldo Pereira, pai de uma paciente internada.

Fora a alegria contagiante que é carregada constantemente pelos “doutores”, eles afirmam que o trabalho psicológico por parte dos voluntários precisa ser feito com frequência, já que as circunstâncias em que as crianças estão são sempre imprevisíveis.

Há momentos em que o coração fala mais alto e não é fácil segurar a emoção. “A menina estava com arritmia cardíaca, e quando o doutor palhaço disse que eu era bonita e ela, mesmo ofegante e sem conseguir falar direito, disse que eu parecia uma princesa. Precisei sair do quarto para não demonstrar tristeza”, relatou a universitária “Dra. Soneca”, Brunela Gomes Canal.

E a iniciativa não inspira apenas os pacientes! O grupo afirma que a cada visita aprende um pouco mais sobre a vida. “A importância, no meu ponto de vista, é levar algo diferente para os pacientes. As crianças internadas passam pela imposição dos médicos, obedecendo e seguindo as regras o tempo inteiro. Então, fazemos um papel sem obrigatoriedade. Caso as crianças não se sintam à vontade, respeitamos e não brincamos. Sempre sonhei em ser voluntário, pois é uma satisfação enorme levar alegria a quem tanto precisa”, finalizou o coordenador da ONG e “Dr. Trintin”, Daniel Trintin.

Fonte: Folha Vitória